domingo, 16 de setembro de 2012

Sacred Hill Shiraz-Cabernet 2010


O vinho dessa semana vem do outro lado do mundo.

1. FICHA TÉCNICA

-- Produtor: De Bortoli
-- País: Austrália
-- Denominação de Origem: Não tem.
-- Uvas: Shiraz (também escrita como “Syrah”) e Cabernet Sauvignon
-- Teor alcoólico: 13%
-- Ano: 2010


2. MINHAS NOTAS DE DEGUSTAÇÃO (chique, hein?)
-- No nariz: complexidade baixa, aroma de noz moscada (especiarias) e morango
-- Na boca: suave, levemente tânico (aquele gosto típico de fruta verde, especialmente caqui – mas que, no vinho, quando não muito pronunciado, é gostoso), um pouco de amora e, depois de abrir (isto é: ficar em contato com o oxigênio do ar), ameixa.
-- Retrogosto: muito suave, talvez lembrando um pouco caqui maduro.

3. ONDE COMPREI E PREÇO
-- Supermercado Zona Sul da Av. Bartolomeu Mitre
-- R$ 23,50

4. ALGUNS COMENTÁRIOS (e dicas de harmonização)
Dos três vinhos que coloquei no blog, esse é o menos complexo. É um vinho típico para o dia-a-dia, bom para tomar enquanto faz alguma coisa (como escrever algo na internet, por exemplo), e bom também para fazer uma boa redução em uma frigideira com os restos da grelha de um filé (e um alho amassado no murro) – a receita culinária é brinde, tá?
Outra particularidade interessante desse vinho é que ele é de rosca – ou seja: não tem rolha, nem natural, nem sintética. Como a maioria já sabe, a árvore que faz a cortiça (e, também, a rolha) está cada vez mais escassa. Por isso, as rolhas têm sido reservadas para vinhos que devem, lentamente, envelhecer na garrafa, para que fiquem mais suaves – ou, como se costuma dizer em língua de vinho, mais “redondos”. São os chamados “vinhos de guarda” (embora, como em tudo que diz respeito a vinho, também a rotulação de um vinho como “de guarda” envolva muito marketing).
Com a escassez de rolhas, tem-se apelado para rolhas sintéticas, ou, especialmente em vinhos do Novo Mundo (Austrália e Nova Zelândia mais do que os outros países), por roscas em alumínio. Essas roscas, como não são porosas, não deixam quase nenhum oxigênio entrar (ao contrário das rolhas, naturais ou não). Como resultado, esses vinhos não envelhecem em garrafa. Assim, quando você comprar um vinho de rosca, saiba que, segundo o produtor, é um vinho que você pode tomar imediatamente. Ainda há muito preconceito sobre o vinho com tampa de rosca, mas, como vou mostrar em um post durante a semana, esse preconceito vem se mostrando completamente infundado.
Ah!, e outra dica: já que não há rolha para ressecar os vinhos de rosca também não precisam ser guardados na horizontal (cujo objetivo é deixar sempre o líquido do vinho em contato com a rolha).

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